26 de out. de 2012

 

OLHAR EMPREENDEDOR

RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ; PROBLEMA OU OPORTUNIDADE?



            Quando se trata de relacionamentos virtuais, boa parte dos cientistas ainda acha que a distância continuará prejudicando as amizades. A maioria dos especialistas em relacionamento humano acredita que a proximidade física é essencial para sentirmos os efeitos benéficos das amizades profundas. Só que o cérebro pode estar começando a mudar de opinião.
 
            Um estudo que está sendo realizado na Universidade da Califórnia começou a desvendar o efeito que as redes sociais produzem no organismo. Mais precisamente, o que acontece com os níveis de ocitocina quando usamos o Twitter, por exemplo. Os primeiros resultados mostraram que tuitar estimula a liberação desse hormônio, e consequentemente diminui os níveis de hormônios como cortisol e ACTH, associados ao estresse.
           
            Isso significa que o cérebro pode ter desenvolvido uma nova maneira de interpretar as conversas no Twitter. "O cérebro entende a conexão eletrônica como se fosse um contato presencial", diz Paul Zak. Isso seria uma adaptação evolutiva ao uso da internet. "O sistema de ocitocina está sempre se ajustando ao ambiente em você está", diz. "Pode ser que, de tanto interagir em redes sociais, as pessoas estejam se tornando mais sintonizadas para a amizade. E aí elas acabam fazendo mais amigos, inclusive presencialmente." Ou seja: além de mudar as amizades, a internet também pode acabar modificando o próprio cérebro humano.
 
            Outros especialistas, como o antropólogo Robin Dunbar, acham que a tecnologia ainda pode nos surpreender, e romper a última barreira da amizade online: "O Skype e outros serviços do tipo não são bons o suficiente, porque não nos permitem tocar um no outro em realidade virtual. Ainda."
 
            Para isso os Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram um colete impermeável que permite aos utilizadores do Facebook receberem um abraço sempre que os amigos da rede social fazem “Gosto” nas suas publicações. A tecnologia e a moda juntaram-se e deram lugar ao ‘Like-A-Hug’, nome da peça de vestuário tecnológica projetada pela designer Melissa Chow.
 
            O projeto nasceu da parceria de Chow com Andy Payne e Seaton Phil no MIT Media Lab, os quais em conjunto construíram os coletes de cor preta, que se encontram munidos da tecnologia capaz de insuflar e transmitir a sensação de abraço. Este colete, que promete proteger do frio e aquecer o coração dos seus utilizadores de forma virtual, ainda não tem preço anunciado, nem data de chegada ao mercado.
 
            Este não é a primeira peça de vestuário deste género, em 2006, a “Hug Shirt”, que também permite ter a sensação de receber abraços virtuais, foi considerada uma das melhores invenções do ano pela revista Time. Parece que o desenvolvimento de objetos que pretende transmitir sensações reais de modo virtual veio para ficar, o Kissenger, por exemplo, é um dispositivo que promete aos utilizadores a oportunidade de se beijarem à distância.
 
Fontes: Revistas Super interessante/Scientifica American Brasil e http://poweruser.aeiou.pt

0 comentários: