3 de abr. de 2016

E o mundo ficou pequeno!

A experiência reduz a nossa percepção das distâncias e torna o mundo pequeno.

Quando eu morava em São Marcos e meus amigos estudavam em Caxias do Sul, tudo que estava entre Lagoa Vermelha, cidade que eu frequentava, e Caxias era próximo. Mas tudo fora daí era considerado longínquo.

Fui estudar em Porto Alegre e esta noção de domínio de território passou a ser de Lagoa Vermelha a Porto Alegre. 

Mais tarde comecei a trabalhar com uma entidade empresarial que me fez viajar por todo Estado do Rio Grande do Sul e fiz amigos em recantos nunca antes imaginados; Santa Vitória do Palmar, Bagé, Cruz Alta, Rio Grande, Pelotas, Santa Rosa, Uruguaiana, Santana do Livramento, e o RGS se tornou pequeno.

Fui estudar em São Paulo, muitos amigos foram morar em Santa Catarina e eu os visitava com frequência, namorei um paraibano que me fez conhecer o Nordeste. E o Brasil começou a se tornar conhecido.

Meu filho foi para o Exército e eu conheci a Amazônia, foi morar no Rio de janeiro e eu comecei a frequentar a “Cidade Maravilhosa”. As passagens aéreas ficaram baratas e eu visitei todos os estados do Brasil.  E assim nosso grande País ficou conhecido e pequeno, apesar das suas dimensões e particularidades.

A um ano vim morar na Itália e depois revisitei Portugal.  Agora a Europa começa a ficar pequena, mesmo que tão distante do Brasil, mesmo que tão diferente da cultura brasileira.

O mundo não mudou, as distâncias são as mesmas. O que mudou foi o meu olhar frente ao mundo. O meu olhar se ampliou devido ao conhecimento que eu passei a ter.

Agora quando vejo empresários da minha região natal reclamando do mercado local, eu digo logo, vamos exportar. Vamos levar os teus produtos para a Europa. Hoje eu sei como fazer isso, então não vejo mistério, já se tornou conhecido.

Mas aí o empreendedor começa a pensar no que tem que fazer, nas licenças e no monte de coisas que ele nunca ouviu falar e desiste antes de começar. Sente que é difícil sair da área de conforto, enfrentar o desconhecido.  


E eu entendo que é difícil, mas cada vez mais afirmo que é necessário  ampliar o ângulo de visão, tornar o que está tão distante mais próximo. 

Nossas empresas estão competindo com o mundo, queiramos nós ou não. Quando nós não buscamos mercados externos, aceitamos que o nosso mercado potencial vai ficar menor, pois os competidores internacionais estão chegando à porta de nossa casa. 

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