A experiência reduz a nossa percepção das distâncias e torna o mundo
pequeno.
Quando eu morava em São Marcos e meus amigos estudavam em Caxias do Sul,
tudo que estava entre Lagoa Vermelha, cidade que eu frequentava, e Caxias era
próximo. Mas tudo fora daí era considerado longínquo.
Fui estudar em Porto Alegre e esta noção de domínio de
território passou a ser de Lagoa Vermelha a Porto Alegre.
Mais tarde comecei a
trabalhar com uma entidade empresarial que me fez viajar por todo Estado do Rio Grande do Sul e fiz
amigos em recantos nunca antes imaginados; Santa Vitória do Palmar, Bagé, Cruz
Alta, Rio Grande, Pelotas, Santa Rosa, Uruguaiana, Santana do Livramento, e o
RGS se tornou pequeno.
Fui estudar em São Paulo,
muitos amigos foram morar em Santa Catarina e eu os visitava com frequência,
namorei um paraibano que me fez conhecer o Nordeste. E o Brasil começou a se tornar conhecido.
Meu filho foi para o
Exército e eu conheci a Amazônia, foi morar no Rio de janeiro e eu comecei a
frequentar a “Cidade Maravilhosa”. As passagens aéreas ficaram baratas e eu visitei todos os estados do Brasil. E assim nosso grande
País ficou conhecido e pequeno, apesar das suas dimensões e particularidades.
A um ano vim morar na Itália e depois revisitei Portugal. Agora a Europa começa a ficar pequena, mesmo
que tão distante do Brasil, mesmo que tão diferente da cultura brasileira.
O mundo não mudou, as distâncias são as mesmas. O que mudou foi o meu
olhar frente ao mundo. O meu olhar se ampliou devido ao conhecimento que eu
passei a ter.
Agora quando vejo empresários da minha região natal reclamando do
mercado local, eu digo logo, vamos exportar. Vamos levar os teus produtos para a Europa.
Hoje eu sei como fazer isso, então não vejo mistério, já se tornou conhecido.
Mas aí o empreendedor começa a pensar no que tem que fazer, nas licenças
e no monte de coisas que ele nunca ouviu falar e desiste antes de começar. Sente
que é difícil sair da área de conforto, enfrentar o desconhecido.
E eu entendo que é difícil, mas cada vez mais afirmo que é necessário ampliar o ângulo de visão, tornar o que está tão distante
mais próximo.
Nossas empresas estão competindo com o mundo, queiramos nós ou
não. Quando nós não buscamos mercados externos, aceitamos que o nosso mercado
potencial vai ficar menor, pois os competidores internacionais estão chegando à porta de nossa casa.
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