25 de fev. de 2017

Entendendo o Ensino em Portugal



Para quem está pensando em estudar em Portugal, algumas informações são essenciais, a primeira delas é que o sistema de educação público é o mais utilizado em todo país e é reconhecido como um dos melhores da Europa. 

A primeira fase é o infantário (a creche no Brasil), onde as crianças podem frequentar dos 3 anos aos 6 anos de idade. Todos os alunos iniciam no Ensino Básico aos 6 anos de idade e a escolaridade obrigatória termina quando o aluno completa 18 anos (no 12º ano), chamado de Ensino Secundário (Ensino Médio no Brasil).

Em Portugal, a taxa de alfabetização é de 95%. Atualmente no Ensino Básico as matrículas estão próximas a 100%.

Qualidade do ensino em Portugal


A educação pública de Portugal se destaca na Europa e é reconhecido e copiado em muitas partes do Mundo.

Como já mencionado, a maior parte da população estuda em escolas e universidades públicas. A escola particular é frequentada pela classe A e cobra valores inviáveis para a classe média.

Recentemente o Jornal El País publicou uma reportagem sobre a crescente melhoria do ensino em Portugal, destacando-se nos relatórios educacionais PISA 2012-2015.  PISA é um programa internacional de avaliação de estudantes que se realiza a cada três anos em 70 países. Portugal é o único país da Europa que vem melhorando o seu desempenho a cada ano.

As escolas superiores públicas e privadas são constantemente avaliadas pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e dos seus ciclos de estudos.

A qualidade do ensino de línguas chama a atenção. O aluno se forma falando fluentemente o português, o inglês e mais um idioma a escolha da turma (em geral, alemão ou francês). O esporte é levado a sério e a maior parte dos alunos elegem o seu preferido e acabam por competir na modalidade nas competições estudantis da Europa.

Estudar em Portugal


As universidades de Portugal existem desde 1290. A primeira foi a Universidade de Coimbra, uma das mais antigas do mundo ainda em funcionamento. No ano de 2006 as universidades de Portugal aderiram à Declaração de Bolonha (falaremos mais sobre ela em outro post), que introduziu o sistema de três ciclos, Licenciatura/Mestrado e doutorado. 

Atualmente o Processo une 46 países, signatários da Convenção Cultural Europeia.

Após a licenciatura(3 anos) é possível entrar no Mestrado que tem duração entre um ano e meio e dois anos. Depois do Mestrado, e Doutoramento tem duração média de 3 anos. É muito comum as universidades oferecerem cursos de licenciatura  e mestrado contíguos.

É praticamente inviável trabalhar enquanto faz licenciatura ou alguma extensão. Isso se deve às exigências acadêmicas e ao fato de que muitas vezes as aulas serem em horários “espalhados” durante o dia. Forçando o aluno a se forcar inteiramente nos estudos.

A maioria dos alunos da graduação passa o dia na Universidade e tem a oportunidade de aproveitar integralmente a estrutura acadêmica e a convivência com os colegas.

O ano letivo em Portugal inicia em setembro e termina no final do mês de junho do próximo ano. Nos meses de julho, agosto e início de setembro são as férias escolares, durante o verão. O Ensino Básico é dividido em 3 ciclos: 1º ciclo (do 1º ao 4º ano), 2º ciclo (do 5º ao 6º ano) e o 3º ciclo (do 7º ao 9º ano). O Ensino Secundário engloba os 10º, 11º e 12º ano (equivalente ao Ensino Médio no Brasil).

Quanto custa estudar em Portugal?


A educação pública em Portugal não é gratuita como no Brasil. O valor do infantário, Ensino Básico e Ensino Secundário varia de acordo com a remuneração dos pais, podendo variar entre isenção à 50 euros. Para todos os ciclos existem escolas particulares, onde o valor varia de  80 à 400 euros mensais.


O valor médio do Ensino Superior em Portugal custa cerca de mil euros anuais. Não se assuste, mas as mensalidades aqui são chamadas de “propina”.  Um Mestrado em universidade pública varia entre mil e sete mil euros anuais. Já o Doutorado tem uma média de €2.500 anuais. Algumas universidades cobram valores diferenciados para estrangeiros, porque o governo português subsidia os alunos português.

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